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Ureterorrenolitotripsia

Cirurgia de Ureterorrenolitotripsia: O que é?

A Ureterorrenolitotripsia é um procedimento urológico minimamente invasivo que visa fragmentar e remover cálculos renais (pedras nos rins) e cálculos ureterais (pedras no ureter) através da utilização de técnicas endoscópicas e laser ou dispositivos mecânicos. O termo é derivado de:

  • Uretero: Ureter, canal que leva a urina dos rins para a bexiga.

  • Reno: Rim, onde as pedras podem se formar.

  • Litotripsia: Fragmentação de cálculos.

Esse procedimento é amplamente indicado para pacientes que possuem cálculos grandes ou que não conseguem eliminá-los de forma natural, ou em situações onde outros métodos menos invasivos, como a litotripsia extracorpórea por ondas de choque, não são eficazes.

Como é Realizada a Ureterorrenolitotripsia?

A ureterorrenolitotripsia é realizada através de técnicas endoscópicas que utilizam dispositivos especializados para visualizar o interior do trato urinário e fragmentar ou remover os cálculos. O procedimento pode ser feito de duas formas principais:

  1. Via Ureteroscópica:

    • Um ureteroscópio (um tipo de endoscópio fino e flexível) é inserido pela uretra, passa pela bexiga e entra no ureter, permitindo o acesso ao cálculo.

    • Uma vez localizado o cálculo, são usados dispositivos de fragmentação (como laser de holmio) para quebrar a pedra em pequenos fragmentos.

    • Após a fragmentação, os fragmentos podem ser removidos com uma pinça ou deixados para serem eliminados naturalmente pelo paciente.

  2. Via Renoscópica (para cálculos renais):

    • Se o cálculo está localizado no rim, um nefroscópio (endoscópio especializado para o trato renal) pode ser introduzido diretamente no rim ou utilizado através de um ureteroscópio que alcance o rim via trato urinário.

    • A pedra renal é então fragmentada ou removida, utilizando as mesmas técnicas empregadas para cálculos ureterais.

O que Acontece Durante a Ureterorrenolitotripsia?

A cirurgia de ureterorrenolitotripsia é normalmente realizada em um centro cirúrgico especializado, e pode ser feita sob anestesia geral ou raquianestesia, dependendo do caso e da abordagem utilizada. O procedimento envolve os seguintes passos:

  1. Acesso ao Trato Urinário:

    • Um endoscópio fino (ureteroscópio ou nefroscópio) é introduzido pela uretra e navega até o local do cálculo, seja no ureter ou no rim. A câmera embutida no instrumento permite a visualização do cálculo em tempo real.

  2. Fragmentação do Cálculo:

    • Uma vez que o cálculo é localizado, o cirurgião utiliza um laser de holmio ou outro tipo de energia para fragmentar a pedra. O laser cria pulsos que desintegram a pedra em pequenos fragmentos que podem ser removidos ou eliminados naturalmente.

  3. Remoção dos Fragmentos:

    • Dependendo do tamanho dos fragmentos gerados, o cirurgião pode optar por remover manualmente os maiores fragmentos com uma pinça endoscópica ou um cesto de captura, ou deixar que o paciente elimine os fragmentos menores pela urina.

  4. Colocação de Stent (se necessário):

    • Em alguns casos, um stent ureteral (tubo pequeno de plástico) pode ser colocado temporariamente no ureter para manter o canal aberto, garantir o fluxo de urina e facilitar a cicatrização. O stent é removido algumas semanas depois.

Onde é Realizada a Ureterorrenolitotripsia?

O procedimento é realizado em um centro cirúrgico equipado com tecnologias avançadas para endoscopia e fragmentação de cálculos. Equipamentos como o ureteroscópio ou nefroscópio e o laser de holmio são essenciais. O procedimento é geralmente minimamente invasivo, o que significa que o paciente não precisa de grandes incisões, e o tempo de recuperação é relativamente rápido, com hospitalização mínima, frequentemente com alta no mesmo dia.

Tipos de Ureterorrenolitotripsia

A ureterorrenolitotripsia pode ser classificada de acordo com a localização e o tipo de abordagem utilizada:

  1. Ureterolitotripsia:

    • Realizada para a remoção de cálculos localizados no ureter. É feita via ureteroscopia, utilizando o ureteroscópio para fragmentar ou remover as pedras. É o procedimento mais comum para cálculos que não podem ser eliminados naturalmente.

  2. Nefrolitotripsia:

    • Utilizada para cálculos que se encontram no rim. Pode ser realizada com um nefroscópio (instrumento para acessar diretamente o rim) ou via ureteroscópio que atinge o rim a partir do trato urinário. A técnica de fragmentação a laser também é amplamente utilizada.

  3. Litotripsia Flexível:

    • Uma variante em que o ureteroscópio é flexível, permitindo uma melhor mobilidade para alcançar cálculos localizados mais alto no trato urinário, como no rim ou na parte superior do ureter. Isso facilita o acesso a áreas difíceis sem a necessidade de incisões.

Cuidados com Soluções Utilizadas na Ureterorrenolitotripsia

Durante o procedimento de ureterorrenolitotripsia, são utilizadas soluções de irrigação para expandir o trato urinário, melhorar a visibilidade e facilitar a passagem dos instrumentos endoscópicos. Os principais cuidados incluem:

  1. Escolha da Solução:

    • Soro fisiológico é geralmente a solução mais utilizada. Ele é fisiologicamente compatível, minimiza o risco de complicações eletrolíticas e melhora a visualização durante o procedimento.

    • No caso de energia elétrica utilizada durante a litotripsia (como no uso do bisturi bipolar), o soro fisiológico é a escolha preferida, pois é condutivo e não interfere com o funcionamento da corrente elétrica.

  2. Monitoramento do Volume:

    • A infusão de grandes volumes de solução durante o procedimento pode resultar em sobrecarga de líquidos, que pode causar complicações como edema pulmonar ou hipertensão. Portanto, o volume infundido deve ser cuidadosamente monitorado.

Cuidados com o Uso do Bisturi Monopolar e Soro Fisiológico

  1. Bisturi Monopolar:

    • O bisturi monopolar utiliza uma corrente elétrica que atravessa o corpo do paciente e retorna à fonte de energia. Ao usar bisturi monopolar, deve-se ter cuidado com as soluções de irrigação, pois o soro fisiológico é condutivo e pode aumentar o risco de queimaduras ou danos aos tecidos.

    • Soluções não condutivas (como a glicina ou sorbitol) são recomendadas quando o bisturi monopolar é utilizado, para minimizar o risco de complicações.

  2. Soro Fisiológico e Bisturi Bipolar:

    • O bisturi bipolar é uma alternativa mais segura, pois a corrente elétrica fica confinada entre dois eletrodos próximos, sem atravessar o corpo do paciente. Isso permite o uso seguro de soro fisiológico, que é condutivo, proporcionando maior segurança para o paciente.

Conclusão

A ureterorrenolitotripsia é uma técnica eficiente e minimamente invasiva para o tratamento de cálculos renais e ureterais. Ao utilizar tecnologias avançadas como o laser de holmio e endoscópios flexíveis, o procedimento tem alto índice de sucesso e uma recuperação rápida para o paciente.

Os cuidados com as soluções utilizadas, como o uso adequado de soro fisiológico e o controle rigoroso do volume infundido, são fundamentais para garantir a segurança do paciente. Quando o bisturi monopolar é usado, soluções não condutivas, como glicina, são preferíveis, enquanto o uso de bisturi bipolar permite a irrigação com soro fisiológico com maior segurança.

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