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anestesia e dispositivos

DISPOSITIVOS 

PUNÇÃO VENOSA

A punção venosa de veia em neurocirurgia é um procedimento realizado para acessar uma veia periférica, geralmente na parte superior do braço ou na mão, para a coleta de sangue ou a administração de fluidos e medicamentos. Esse acesso venoso é essencial para monitorar o estado de saúde do paciente, administrar anestésicos ou outros tratamentos, especialmente durante e após procedimentos cirúrgicos. A punção venosa é uma técnica comum e importante para o manejo clínico em ambientes de neurocirurgia.

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RAQUI-ANESTESIA

O que é Anestesia Raquidiana (Raqui) em Cirurgias?

A anestesia raquidiana ou raquianestesia (também conhecida como "raqui") é uma técnica de anestesia regional que bloqueia a dor na parte inferior do corpo, principalmente em procedimentos cirúrgicos abaixo do abdômen. Nesse tipo de anestesia, um anestésico local é injetado diretamente no espaço subaracnoide da coluna vertebral, onde o líquido cefalorraquidiano (LCR) está presente, bloqueando temporariamente as sensações nervosas.

A anestesia raqui é amplamente usada em:

  • Cirurgias ortopédicas de membros inferiores.

  • Cirurgias urológicas (como a prostatectomia).

  • Cirurgias ginecológicas (como cesáreas).

  • Procedimentos abdominais baixos (como hérnias e apendicectomias).

Como é Realizada a Raquianestesia?

  1. Posicionamento do Paciente: O paciente geralmente é posicionado sentado ou deitado de lado, com a coluna vertebral curvada para facilitar o acesso à área onde a agulha será inserida.

  2. Antissepsia e Anestesia Local: A pele da região lombar é limpa com um antisséptico e uma pequena quantidade de anestésico local é injetada para reduzir o desconforto da inserção da agulha.

  3. Inserção da Agulha: Uma agulha fina é inserida entre as vértebras da coluna lombar até o espaço subaracnoide, onde o líquido cefalorraquidiano está presente.

  4. Injeção do Anestésico: O anestésico é injetado no LCR, bloqueando as raízes nervosas que conduzem a dor e outras sensações da parte inferior do corpo. O efeito é quase imediato, causando dormência e paralisia temporária dos membros inferiores.

  5. Duração do Efeito: O bloqueio é temporário e o efeito dura normalmente entre 1 a 3 horas, dependendo do medicamento utilizado e da dosagem.

Cuidados com a Anestesia Raquidiana

A raquianestesia é segura, mas requer cuidados e monitorização adequados para evitar complicações e garantir o bem-estar do paciente.

Antes do Procedimento:

  1. Avaliação Pré-Anestésica:

    • O médico realiza uma avaliação do histórico clínico do paciente, incluindo alergias, uso de medicamentos e condições de saúde pré-existentes.

    • Problemas de coagulação, infecções na coluna e algumas doenças neurológicas podem ser contraindicações para a raquianestesia.

  2. Jejum Pré-Operatório:

    • Como medida preventiva, o paciente deve seguir as orientações de jejum antes da cirurgia, normalmente de 6 a 8 horas, para evitar o risco de aspiração durante o procedimento.

Durante o Procedimento:

  1. Monitorização:

    • Sinais vitais como pressão arterial, frequência cardíaca e oxigenação são monitorados de perto, já que a raquianestesia pode causar uma queda na pressão arterial devido ao bloqueio nervoso simpático.

    • Oxigênio suplementar pode ser administrado, especialmente se o paciente sentir dificuldade respiratória.

  2. Prevenção de Hipotensão:

    • A hipotensão (queda da pressão arterial) é comum na raquianestesia. A equipe pode administrar líquidos intravenosos ou medicamentos vasopressores para estabilizar a pressão arterial.

Após o Procedimento:

  1. Cuidados Pós-Anestésicos:

    • O paciente permanece deitado por algumas horas até que a sensação e o movimento das pernas voltem gradualmente.

    • Dor de cabeça (cefaleia pós-raquianestesia) pode ocorrer devido ao vazamento de líquido cefalorraquidiano no local da punção. Hidratação e repouso ajudam a aliviar esse sintoma.

  2. Recuperação e Mobilidade:

    • O paciente pode sentir dificuldade para urinar nas primeiras horas após o bloqueio. Por isso, a função urinária é monitorada até a recuperação completa.

  3. Monitoramento de Complicações:

    • Embora raras, complicações como hematomas espinhais, infecções (meningite) e reações adversas ao anestésico são monitoradas no pós-operatório imediato.

Principais Medicamentos Utilizados na Raquianestesia

Os medicamentos usados na raquianestesia são principalmente anestésicos locais, às vezes combinados com opioides para prolongar o alívio da dor sem aumentar o bloqueio motor. Os anestésicos locais têm um início rápido de ação e oferecem uma anestesia segura e eficiente.

  1. Anestésicos Locais:

    • Bupivacaína: Um dos anestésicos locais mais utilizados na raquianestesia. Tem um início de ação relativamente rápido e um efeito prolongado (2 a 3 horas), proporcionando um bloqueio sensorial eficaz.

    • Lidocaína: Um anestésico local de ação mais curta, geralmente usado em procedimentos que requerem bloqueio de curta duração. Seu efeito dura cerca de 1 a 1,5 horas.

    • Ropivacaína: Usada como alternativa à bupivacaína, pois oferece boa anestesia com menor risco de toxicidade cardiovascular.

  2. Opioides (adjuvantes):

    • Morfina: Utilizada em doses muito pequenas em conjunto com anestésicos locais para prolongar o alívio da dor no pós-operatório sem prolongar o bloqueio motor.

    • Fentanil: Um opioide potente que, quando adicionado à raquianestesia, proporciona alívio da dor de forma rápida e eficaz, sem aumentar o bloqueio motor.

  3. Vasoconstritores (adjuvantes):

    • Epinefrina (Adrenalina): Às vezes é adicionada para prolongar a duração do efeito anestésico local, pois diminui a absorção do anestésico no sangue.

Conclusão:

A anestesia raquidiana (raqui) é uma técnica regional eficaz para procedimentos cirúrgicos na parte inferior do corpo, bloqueando temporariamente a dor e as sensações. Ela tem vantagens como rápido início de ação e menos efeitos colaterais sistêmicos em comparação à anestesia geral. No entanto, requer cuidados específicos, como monitoramento rigoroso da pressão arterial e a prevenção de complicações pós-anestésicas. Os principais medicamentos utilizados incluem anestésicos locais como a bupivacaína e lidocaína, muitas vezes combinados com opioides como a morfina e o fentanil para melhorar o controle da dor pós-operatória.

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SEDAÇÃO

O que é Sedação em Cirurgias?

A sedação em cirurgias é uma técnica anestésica que visa proporcionar ao paciente relaxamento, alívio da dor e redução da ansiedade, mantendo-o em um estado de consciência variado (de alerta, semi-acordado ou adormecido). Ela é amplamente usada em procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos e diagnósticos que não requerem anestesia geral completa.

Na sedação, o paciente não está completamente inconsciente, como acontece com a anestesia geral, mas ele pode não lembrar do procedimento ou sentir desconforto durante a cirurgia. O nível de sedação pode variar dependendo do procedimento e das necessidades do paciente.

Tipos de Sedação:

  • Sedação Leve: O paciente está relaxado, mas acordado e consciente. Responde normalmente a estímulos e perguntas.

  • Sedação Moderada (ou "consciente"): O paciente está mais relaxado e sonolento, pode não lembrar do procedimento, mas ainda responde a comandos.

  • Sedação Profunda: O paciente está muito sonolento, pode não responder a estímulos simples, mas ainda é capaz de respirar por conta própria sem a necessidade de suporte de ventilação mecânica.

Cuidados com a Sedação e Anestesia:

  1. Avaliação Prévia do Paciente:

    • Histórico Médico: Avaliar as condições de saúde, como doenças crônicas (diabetes, hipertensão, problemas cardíacos ou respiratórios).

    • Reações Anestésicas Anteriores: Investigar possíveis complicações ou reações adversas a anestesias anteriores.

    • Medicações em Uso: Considerar interações medicamentosas, especialmente se o paciente estiver usando anticoagulantes, anticonvulsivantes ou medicamentos psiquiátricos.

    • Jejum: É importante seguir orientações de jejum antes da sedação, geralmente de 6 a 8 horas, para evitar o risco de aspiração de conteúdos gástricos.

  2. Monitorização Durante o Procedimento:

    • Monitoramento dos sinais vitais: Como frequência cardíaca, pressão arterial, oxigenação e respiração. Esse cuidado é essencial para detectar rapidamente qualquer complicação.

    • Oxigenação Suplementar: Pode ser necessária em sedação moderada ou profunda para garantir a adequada saturação de oxigênio no sangue.

  3. Assistência Respiratória:

    • Na sedação profunda, há risco de depressão respiratória, então é necessário que o anestesista esteja preparado para intervir, garantindo a permeabilidade das vias aéreas e suporte respiratório, se necessário.

  4. Equipe Qualificada: A sedação deve ser administrada e monitorada por um anestesista ou médico treinado, com equipamentos de ressuscitação prontos para uso, caso o paciente tenha reações adversas.

  5. Recuperação:

    • Após o procedimento, o paciente precisa de tempo para despertar completamente da sedação. A equipe monitora até que ele esteja completamente alerta e com sinais vitais estáveis.

    • Alta Médica: Dependendo do tipo de sedação, o paciente pode necessitar de alguém para acompanhá-lo após o procedimento, pois sua capacidade de tomar decisões ou operar veículos pode estar prejudicada por várias horas.

Principais Medicamentos Utilizados em Anestesia por Sedação:

  1. Benzodiazepínicos:

    • Midazolam: É um dos sedativos mais comumente usados. Ele proporciona sedação rápida e é eficaz para reduzir a ansiedade. Tem um efeito amnésico, o que faz com que o paciente não se lembre do procedimento.

    • Diazepam: Outro benzodiazepínico usado para sedação leve a moderada, especialmente em procedimentos diagnósticos.

  2. Hipnóticos:

    • Propofol: Um dos agentes sedativos mais utilizados em sedação moderada e profunda. Tem uma ação rápida e curta, permitindo um controle preciso da profundidade da sedação. Ele induz um estado de sono, mas sua administração requer monitorização cuidadosa devido ao risco de depressão respiratória e queda da pressão arterial.

  3. Analgésicos Opiáceos:

    • Fentanil: Um potente analgésico opiáceo frequentemente usado em combinação com sedativos. Ele reduz a dor e proporciona conforto ao paciente. Por ser muito potente, deve ser administrado com cautela para evitar depressão respiratória.

    • Morfina: Utilizada principalmente para alívio da dor durante o procedimento, em combinação com sedativos.

  4. Agentes Dissociativos:

    • Cetamina: Este agente provoca sedação e alívio da dor ao mesmo tempo. É único porque mantém a respiração espontânea e pressão arterial estável, sendo utilizado em casos onde há risco de depressão respiratória.

  5. Anestésicos Inalatórios:

    • Óxido Nitroso (gás hilariante): Pode ser utilizado em combinação com outros sedativos. Tem propriedades sedativas e analgésicas leves, sendo utilizado em procedimentos menores e em ambientes controlados.

Conclusão:

A sedação em cirurgias é uma técnica anestésica que proporciona conforto ao paciente sem induzir uma perda total de consciência. Ela pode ser leve, moderada ou profunda, dependendo da necessidade do procedimento. A escolha dos medicamentos e a monitorização são cruciais para garantir a segurança do paciente. Os benzodiazepínicos, hipnóticos como o propofol, opiáceos como o fentanil, e agentes como a cetamina estão entre os medicamentos mais utilizados em anestesia por sedação.

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