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DERIVAÇÃO VENTRICULAR EXTERNA

Derivação Ventricular Externa (DVE)

A Derivação Ventricular Externa (DVE) é um procedimento médico utilizado principalmente na área de neurocirurgia para tratar condições que envolvem o acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano (LCR) nos ventrículos cerebrais, como a hidrocefalia ou para controlar a pressão intracraniana em situações de emergência, como após traumatismos cranianos ou cirurgias cerebrais.

O que é a Derivação Ventricular Externa?

A Derivação Ventricular Externa é um método temporário de drenagem do LCR, onde um cateter é inserido nos ventrículos do cérebro para remover o excesso de líquido e aliviar a pressão intracraniana. Este procedimento é crucial para prevenir danos cerebrais adicionais e estabilizar o paciente até que um tratamento definitivo possa ser realizado.

Como é realizada a Derivação Ventricular Externa?

A cirurgia de DVE envolve várias etapas cuidadosas para garantir a segurança e eficácia do procedimento:

  1. Avaliação Pré-Operatória:

    • Exames de Imagem: Tomografias computadorizadas (TC) ou ressonâncias magnéticas (RM) são realizadas para identificar a localização exata dos ventrículos e planejar a inserção do cateter.

    • Avaliação Clínica: Avaliação do estado geral do paciente, identificando possíveis riscos e comorbidades.

  2. Procedimento Cirúrgico:

    • Anestesia: O paciente é submetido à anestesia geral para garantir conforto e imobilidade durante a cirurgia.

    • Acesso ao Crânio: Uma pequena incisão é feita no couro cabeludo e um orifício é criado no crânio (trepanação) na região previamente mapeada pelas imagens de diagnóstico.

    • Inserção do Cateter: Utilizando guias e sistemas de imagem em tempo real, o cateter é inserido no ventrículo cerebral. A posição correta é crucial para garantir a drenagem eficaz do LCR.

    • Fixação e Conexão: O cateter é fixado no local para evitar deslocamentos e conectado a um sistema de drenagem externo, que pode incluir uma bolsa coletora ou um sistema de monitoramento de pressão.

  3. Pós-Operatório:

    • Monitoramento: O fluxo de LCR e a pressão intracraniana são monitorados constantemente. Ajustes podem ser feitos na taxa de drenagem conforme necessário.

    • Cuidados com o Local de Inserção: A incisão e o local de inserção do cateter são mantidos limpos e protegidos para prevenir infecções.

Benefícios da DVE em Idosos

A DVE oferece múltiplos benefícios para pacientes idosos, que frequentemente apresentam maior vulnerabilidade a complicações neurológicas e possuem menor capacidade de recuperação:

  1. Alívio Rápido da Pressão Intracraniana: Em situações de emergência, como traumatismos cranianos, a DVE pode salvar vidas ao reduzir rapidamente a pressão no cérebro.

  2. Estabilização do Paciente: Permite a estabilização do paciente até que intervenções cirúrgicas adicionais ou tratamentos definitivos possam ser realizados.

  3. Minimização de Danos Cerebrais: Reduz o risco de danos cerebrais permanentes decorrentes de pressão intracraniana elevada.

  4. Procedimento Temporário e Adaptável: A DVE é uma solução temporária que pode ser ajustada conforme a evolução clínica do paciente, proporcionando flexibilidade no manejo do tratamento.

  5. Recuperação Mais Rápida: Comparada a procedimentos mais invasivos, a DVE geralmente permite uma recuperação mais rápida, crucial para idosos que podem ter tempos de recuperação mais prolongados.

Implantação do Cateter de DVE: O que Acontece?

A implantação do cateter de DVE envolve etapas precisas para garantir a eficácia do procedimento:

  1. Planejamento Cirúrgico:

    • Localização Precisa: Utilização de imagens de TC ou RM para determinar o melhor local para a inserção do cateter, minimizando riscos de lesões cerebrais.

  2. Inserção do Cateter:

    • Guia Estéril: Inserção do cateter através da trepanação usando guias estéreis para alcançar o ventrículo cerebral.

    • Posicionamento Adequado: Verificação contínua da posição do cateter por meio de imagens fluoroscópicas ou ultrassom intraoperatório.

  3. Conexão ao Sistema de Drenagem:

    • Fixação Segura: Fixação do cateter para evitar deslocamentos.

    • Sistema de Drenagem Externa: Conexão a uma bolsa coletora ou a um sistema de monitoramento que permite a remoção controlada do LCR.

  4. Verificação e Ajustes:

    • Monitoramento Inicial: Verificação do fluxo de LCR e da pressão intracraniana imediatamente após a inserção.

    • Ajustes Necessários: Ajuste da taxa de drenagem para otimizar a remoção de LCR sem causar hipovolemia intracraniana.

Onde a Derivação Ventricular Externa é Realizada?

A DVE é realizada em centros hospitalares especializados em neurocirurgia. O procedimento ocorre em uma sala de cirurgia equipada com tecnologia avançada de imagem e monitoramento, permitindo uma inserção precisa e segura do cateter. Além disso, o paciente é transferido para uma unidade de terapia intensiva (UTI) para monitoramento contínuo pós-operatório.

Tipos de Derivação Ventricular Externa

Existem diferentes sistemas e abordagens para a Derivação Ventricular Externa, adaptados às necessidades específicas dos pacientes:

  1. Sistemas de Drenagem Simples:

    • Bolsa Coletora: Utiliza uma bolsa para coletar o LCR drenado, geralmente com uma válvula para prevenir refluxo.

    • Sistema de Monitoramento de Pressão: Permite o monitoramento contínuo da pressão intracraniana, ajustando a drenagem conforme necessário.

  2. Sistemas Automatizados:

    • Bombas Controladas: Utilizam bombas que controlam a taxa de drenagem do LCR de forma automática, proporcionando uma remoção mais precisa e ajustável.

  3. Cateteres de Diferentes Comprimentos e Diâmetros:

    • Personalização: Escolha do cateter adequado com base na anatomia ventricular e nas necessidades clínicas do paciente.

  4. Sistemas de Drenagem Repetitiva:

    • Drenagem Periódica: Permitem a drenagem intermitente do LCR, reduzindo o risco de infecção e complicações associadas ao uso contínuo.

Conclusão

A Derivação Ventricular Externa (DVE) é um procedimento vital na neurocirurgia moderna, oferecendo uma solução eficaz para o manejo de condições que envolvem o acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano e a elevação da pressão intracraniana. Especialmente em pacientes idosos, a DVE proporciona benefícios significativos, incluindo alívio rápido dos sintomas, estabilização clínica e minimização de danos cerebrais. Realizada em ambientes hospitalares especializados, a DVE utiliza tecnologias avançadas para garantir a segurança e a eficácia do procedimento, adaptando-se às necessidades individuais de cada paciente por meio de diferentes tipos de sistemas de drenagem.

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